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Cultura e História da cidade de Balneário Camboriú.
A história de Balneário Camboriú não poderia ser diferente de todo o litoral brasileiro, povoado por índios que aqui encontraram lugar ideal para moradia.
Isaque Borba Historiador de Balneário Camboriú conta história da cidade.
A ocupação começou a ocorrer com a chegada do açoriano Baltasar Pinto Corrêa. Em 1848, passou a ser distrito da cidade de Itajaí, chamado de Bairro da Barra com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Em 1884, foi desmembrado de Itajaí, originando a cidade de Camboriú.
O povoamento da região teve início em 1758, quando luso-açorianos e algumas famílias procedentes de Porto Belo se estabeleceram no local denominado Nossa Senhora do Bonsucesso, mais tarde, denominado Barra. Atraídas pela fertilidade do solo e pelo clima, vieram outras famílias de origem alemã, procedentes do vale do Itajaí. Em 1836, chegou ao local Pedro Escamoso com sua família e alguns escravos. Daí a antiga denominação de Garcia, pela qual o lugarejo era conhecido.
Em 1930, pela situação geográfica privilegiada, iniciou-se fase de ocupação da região preferida pelos banhistas, e, dois anos depois, foi construído o primeiro hotel, na confluência das avenidas central e atlântica.
Em 1964, o distrito obteve autonomia, passando a município com o topônimo de Balneário de Camboriú, alterado, em 1979, para Balneário Camboriú.
Há duas versões quanto à origem do topônimo Camboriú. Uma de origem popular, devido a uma acentuada curva no rio perto da foz, diz que, quando indagados por alguém à procura de uma pessoa, os moradores dali diziam: "camba o rio", vocábulo muito usado pelos pescadores da região. A segunda versão (e mais aceitável) é a do padre Raulino Reitz: mapas bem antigos assinalam o nome rio Camboriú antes da haver povoamento de origem europeia na área; o topônimo Camboriú viria, então, do tupi, formado pela aglutinação das palavras kamuri ("robalo") e y ("água"). Segundo essa versão, portanto, "Camboriú" significaria "água de robalo".
Atualmente, a população é uma mistura de descendentes de portugueses, alemães, italianos e poloneses, em grande maioria e, em minoria, de japoneses.
Cultura
A cidade de Balneário Camboriú tem sua origem cultural na base luso-açoriana. Entre as manifestações locais, estão: Folguedo do Boi-de-Mamão, Cantorias de Terno-de-Reis, tecelagem em tear de pente-liço, cerâmica artesanal ou louçaria de barro, fabricação de farinha de mandioca em engenho, pesca artesanal de tainha, brincadeira do boi. Na gastronomia, estão as derivações de pratos a base de frutos do mar e farinha de mandioca, como a sopa de siri, pirão com peixe, tainha escalada (tainha cortada pelo dorso, salgada e seca ao sol, assada na grelha), sopa e bolinho de peixe, sardinha frita, em conserva ou a jato. Essas manifestações ainda são percebidas no Bairro da Barra e nas praias do sul.
Devido à migração de pessoas motivadas pela vida no litoral, a partir da década de 1960, houve um significativo aumento demográfico, agregando outras apropriações culturais às manifestações locais, contribuindo para a formação da diversidade cultural da cidade, principalmente na região central.
Capela de Santo Amaro
A Capela de Santo Amaro, antiga Igreja Matriz do Bom Sucesso, ajuda a contar história da região. É uma edificação singela, quase desprovida de ostentação, seguindo em linhas gerais o "modelo original" da Igreja Jesuíta de Nossa Senhora das Graças de Olinda (PE), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira até o limiar do século XX. Tombada como Ptrimônio Histórico pelo Estado de Santa Catarina através do Decreto nº 2992, de 25 de junho de 1998, e pelo município de Balneário Camboriú pelo Decreto nº 3007 de 10 de setembro de 1998, a Capela passou por intervenção de restauro no ano de 2008, com recursos estatuais e municipais. Sua construção foi autorizada no início do século XIX, mas especula-se que somente no ano de 1849 a obra foi iniciada, no antigo "arraial do Bom Sucesso". A assimetria nas paredes laterais, as vigas de arranque na parte posterior da edificação, a diferença de materiais e a incomum mudança de Matriz para Capela indícios que o projeto original foi descartado, e a obra continuada de forma mais simplificada. Segundo a história oral resgatada na comunidade, isso se deve ao fato da comunidade ter encontrado recursos naturais potencialmente mais rentáveis rio acima, mudando a sede para onde hoje é o município de Camboriú, do qual Balneário Camboriú se emancipou em 1964. A Capela situa-se no Bairro da Barra, em frente à Praça dos Pescadores e da Escola de Arte e Artesanato sediada na Casa Linhares.
Casa Linhares
A Casa Linhares, remanescente nos anos 1950, é uma edificação em alvenaria, de dois pavimentos, com telhado de quatro-águas, sustentado por vigas de madeira maciça falquejada, que no linguajar local significa "cortada à facão". A história que envolve a casa reforça a riqueza do local. Construída para moradia do casal Ademar Linhares e Néia Bastos, com recursos de uma boa negociação do café da região, teve suas telhas especialmente encomendadas com a primeira forma da Cerâmica Bastos (Camboriú). Ademar Linhares, montou a primeira mercearia do local, que abastecia todas as famílias que moravam nas praias agrestes. Posteriormente, a casa abrigou a primeira farmácia da Barra, e uma barbearia e hoje abriga a sede da Escola de Arte e Artesanato "Cantando, Dançando e Tecendo nossa História", devido a suas características estéticas, históricas e por sua localização, em frente à Capela de Santo Amaro e da Praça dos Pescadores.
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Praia de Camboríu, pela lei municipal número dezoito, de 20 de outubro de 1954, subordinado ao município de Camboriú.
No quadro fixado para vigorar no período de 1954 a 1958, o distrito de Praia de Camboriú figura no município de Camboriú.
Elevado à categoria de município com a denominação de Balneário de Camboriú, pela lei estadual nº 960, de 8 de abril de 1964, desmembrado de Camboriú. Sede no antigo distrito de Praia do Camboriú. Constituído do distrito sede. Instalado em 20 de julho de 1964.
Pela lei estadual nº 5630, de 20 de novembro de 1979, o município de Balneário de Camboriú passou a denominar-se Balneário Camboriú.
Economia
As principais atividades econômicas do município são a prestação de serviços, a indústria, o turismo e a construção civil.
Entre os equipamentos turísticos, temos na Barra Sul do município, um teleférico que agrega o Complexo Turístico UNIPRAIAS e que liga a Praia Central à Praia das Laranjeiras e a demais praias da região sul de Balneário Camboriú: Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Pinho é a primeira praia de nudismo oficial do Brasil. Essas praias são interligadas por uma estrada denominada Linha de Acesso às Praias (LAP), mais conhecida como Interpraias, que se estende até os limites do município de Itapema.
Balneário Camboriú oferece uma boa estrutura de apoio ao turismo, contando com mais de 100 hotéis, gastronomia variada e de qualidade, comércio forte e prestação de serviços.
A atividade da construção civil, é supervalorizada, com média de 3 000 reais o metro quadrado. A ocupação dá-se por edificações comerciais e residenciais, contando com cerca de 1 035 edifícios de classes média e alta. O município conta com cerca de 350 imobiliárias.
Durante o ano, a procura por Balneário Camboriú é feita não apenas por brasileiros, mas também por turistas da América Latina, América do Norte e alguns países da Europa.